domingo, 7 de março de 2010

inutilidades

CRIANÇAS, aqueles que brincam.
BRINQUEDO: inutilidade absoluta. Zero de produtividade. Ao seu final, tudo continua como dantes: nenhuma mercadoria, nenhum lucro. Por que, então? Prazer, puro prazer.







Arte e brinquedo têm isto em comum; não são meios para fins mais importantes, mas puros horizontes utópicos em que se inspira toda a canseira da trabalho, suspiro da criatura oprimida que desejaria ser transformada em brinquedo e em beleza.


RUBEM ALVES

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