domingo, 27 de dezembro de 2009

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"Não é, portanto, dizendo 'não sou mais um pequeno-burguês, movimento-me livremente no universal' que o intelectual pode se unir aos trabalhadores. É, justamente ao contrário, pensando: 'sou um pequeno-burguês; se, para tentar resolver minha contradição, alinhei-me ao ldo das classes operária e camponesa, não deixei por isso de ser um pequeno-burguês"
Jean-Paul Sartre.


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"Por outro lado, ele [Sartre] afirmava: 'O intelectual é alguém que se intromete no que não lhe diz respeito'. O engajamento era, assim, uma decisão artbitrária de tomar partido contra si mesmo", Daniel Pécaut.
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sábado, 12 de dezembro de 2009

Lennon & Mccartney

""Se john nunca tivesse conhecido Paul, ou vice-versa, creio firmemente que nenhum dos dois teriam se tornado o grande compositor que ambos foram.Teriam sido muito bons, mas não absolutamente ótimos, como milhões de nós achamos que são. Cada um tinha enorme influência sobre o outro, o que nenhum deles imaginava.

John provavelmente acabaria como algum tipo de Lou Reed ou Dylan, cantando músicas de protesto. Paul possivelmente escreveria músicas seguras, aceitáveis, leves e melódicas, sem a acidez que absorveu de John."

- George Martin

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

George Martin

"Acho que dei duas contribuições importantes à música dos Beatles: minha formação em música clássica e meu amor pelas técnicas experimentais de gravação."

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

eterno errante...

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Um povo sem história
é como um indivíduo sem
memória,
um eterno
errante.
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J. Kizerbo,
historiador e político africano de Burkina Faso.
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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Porta na cara

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Já te contaram que portas com detector de metais também
estão atualizadas para detectar a tonalidade da epidreme das pessoas?
Não? Então, veja isso:
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terça-feira, 3 de novembro de 2009

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"Ou os estudantes se identificam com o destino do seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo".
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(Florestan Fernandes).
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

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"Gosto de pensar na experimentação como nas velas de um barco. Nunca se pode estar certo dos ventos, mas com mão segura pode-se manobrar as velas, pode-se ir aonde quiser; sem isso, não é possível nem mesmo deixar o porto"
Orson Welles.
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"Após cada plano é preciso 'lavar' o olhar"
Kenji Mizoguchi.
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domingo, 11 de outubro de 2009

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"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso,
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tenho em mim todos os sonhos do mundo"

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Tabacaria, Álvaro de Campos (pseudonimo de Fernando Pessoa)
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"Há pessoas que transformam
o sol
numa simples mancha amarela,

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mas há também aquelas que fazem
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de uma simples mancha
amarela
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o próprio
sol"



Pablo Picasso

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Para árvores, prédios e moças.

Arquitetura com jeito de fruta, efeito de sombra, mais feita pro Sol.

sábado, 3 de outubro de 2009

Os dragões não conhecem o paraíso

"Para os dragões, nada mais inconcebível que dividir seu espaço"

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"Os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma que precisam da ilusão de Deus. Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta; da ilusão de Deus, para não se perdderem no caos da desordem sem nexo"
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"... . Qunado penso desse jeito, enumero proposições como: a ser mais forte, mais sereno, mais seguro, mais feliz, a navegar com um mínimo de dor. Essas coisas todas que decidimos fazer ou nos tornar quando algo que supunhamos grande acaba, e não há nada a ser feito a não ser continuar vivendo.

Então, que seja doce. ..."

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Os dragões não conhecem o paraíso, Caio Fernando Abreu.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

futuro

"A nossa memória do futuro nunca é o nosso presente"

Frase minha, pensada numa aula de imagem e som, em homenagem aos filmes futuristicos de hollywood, q imaginam um futuro e o criam na telona. pura invenção, hauha

quarta-feira, 22 de julho de 2009


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Se por sorte, eu descobrir que o mundo gira pro lado certo...

não vou, parar de chorar!



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sexta-feira, 17 de julho de 2009


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“O olho vê,








a lembrança revê,








e a imaginação transvê.








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vaso da dinastia Qing quebrado

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É preciso transver o mundo."








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Manoel de Barros.








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sábado, 20 de junho de 2009

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Tanta gente se esconde do sonho com medo de sofrer,

Tanta gente se esquece que é preciso viver:

Combater moinhos, caminhar entre o medo e o prazer,

Somos todos na vida, qualquer um de nós,

Vilões e heróis,

vilões e heróis!


E seja onde for, qualquer lugar, levar

a luz que te conduz;

Jamais abandonar,

o dom que te seduz!





Dom Quixote - Engenheiros Do Hawaii

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sábado, 13 de junho de 2009

Yo me pregunto que estará pensando él

Si pudiera ver

Cómo se llenan de plata hablando de él

Sin saber nada de él

Todos se compran la remerita del Che

Sin saber quien fue

Su nombre y su cara no paran de vender…

Parece McGuevara’s o CheDonald’s











(Y lo mataron como un perro en Bolivia)

Vuelve y vuelve mil veces al que matan así

O es que al final nunca muere

El que no teme morir



('McGuevara's o CheDonald's', música de Kevin Johansen)

domingo, 17 de maio de 2009

"Os homens tem mais a ganhar suportando que os outros vivam como bem lhes parece do que os obrigando a viver como bem parece ao resto"

John Stuart Mill

segunda-feira, 4 de maio de 2009



"É no coração do homem que está a vida do espetáculo da natureza,
para vê-lo é preciso senti-lo"




(Jean-Jacques Rousseau, Emílio).

A condição indispensável

"Eis, por conseguinte, a base sobre a qual se assentará todo o relacionamento humano 'positivo'. Essa capacidade de identificação é a condição indispensável para que se constitua um vínculo efetivo, para além daquele formado com base no mero interesse: para que o homem deixe de girar apenas em torno de si, é necessário que ele tenha, nele mesmo, a capacidade de 'sair de si' e sentir como se fora o outro"

(Salinas Fortes, Paradoxo do Espetáculo - política e poética em Rousseau)

domingo, 3 de maio de 2009

"Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!"

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Augusto Boal,

ao encerrar seu discurso na Unesco em 25 de março de 2009, quando foi nomeado embaixador mundial do teatro.
Teórico, diretor e dramaturgo brasileiro, criador do Teatro do Oprimido; falecido em 03 de maio de 2009.

sábado, 25 de abril de 2009

Aula de vôo

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O conhecimento caminha lento, feito lagarta.
Primeiro, não sabe que sabe e,
voraz, contenta-se com o cotidiano orvalho,
deixado nas folhas vividas das manhãs.

Depois pensa que sabe,
e se fecha em si mesmo:
faz muralhas, cava trincheiras, ergue barricadas.
Defendendo o que pensa saber,
levanta certeza na forma de muro,
orgulhando-se do seu casulo.

Até que, maduro, explode em vôos,
rindo do tempo que imaginava saber
ou guardava preso o que sabia.

Voa alto sua ousadia,
reconhecendo o suor dos séculos,
no orgalho de cada dia.

Mesmo o vôo mais belo
descobre um dia não ser eterno.

É tempo de acasalar,
voltar à terra com seus ovos,
à espera de novos e prosaicos lagartos.

O conhecimento é assim,
ri de si mesmo e de suas certezas.
É meta da forma, metamorfose,
movimento, fluir do tempo,
que tanto cria como arrasa.
E nos mostra que, para o vôo,
é preciso tanto o casulo como a asa.
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( mauro Iasi)
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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Narciso

... o mal tem a ver com a fissura mesmo, do ser e do parecer. ...
É porque o homem é livre que ele pode desviar-se de si mesmo, optando pelo parecer.
Narciso seguramente se perde, já que tem o péssimo hábito de organizar o todo a partir de si.
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"... pois digo eu também que o vício é o amor da ordem, tomado em um sentido diferente. Há alguma ordem moral em todo lugar em que há sentimento e inteligência. A diferença é que o bom ordena-se em relação ao todo, e que o mau ordena o todo em relação a si. Este faz de si o centro de todas as coisas, aquele mede seu raio de ação e mantém-se na circunferência. Assim, ele é ordenado em relação ao centro comum que é Deus, e em relação a todos os círculos concênctricos que são as criaturas..." (Rousseau, Emilio ou da educação)
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É através do livre-arbítrio que o poder de se afastar de si mesmo, de subverter a ordem e de se perder eternamente se impõe. ... Aceitar e recuperar o lugar de cada um na ordem das coisas não só é fundamental porque determina a significação da existência e da conduta, mas também porque relativiza o ego. É porque reconhece seu pertencimento ao todo, ao cosmos, que o homem recupera o seu lugar e deixa de atuar como Narciso.
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"... Narciso é aquele que usurpa o lugar do outro, que, ao invés de se transportar empaticamente em direção ao Outro, mantendo a alteridade, visa no limite a supreção da alteridade, fazendo do outro mera projeção de si mesmo. ... O narcisista é aquele que usurpa os lugares, que tira o outro de dentro de si mesmo e cuja imaginação patológica é incapaz de levá-lo para fora do seu próprio círculo, impedindo-o de medir os seus limites e constituindo-se no princípio de destruição de toda vida comunitária efetiva" (Salinas Fortes).
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(in 'Jesus, Narciso, Sócrates', Amnéris)

segunda-feira, 23 de março de 2009

sexta-feira, 20 de março de 2009

Privada de seiva, esta delicada florescência definha e desfaz-se

"A solidão não é uma situação imutável em que eu me encontraria mergulhado desde o naufrágio do Virginie. É um meio corrosivo que age em mim lentamente, mas sem pausa, e num sentido puramene destrutivo.
No primeiro dia, eu transitava entre duas sociedades humanas igualmente imaginárias: o pessoal de bordo desaparecido e os habitantes da ilha, pois julgava-a povoada...
A ilha depois revelou-se deserta. Caminhei numa paisagem sem alma viva. Atrás de mim, mergulhava na noite o grupo dos meus infelizes companehiros. Já as suas vozes tinham a muito silenciado quando a minha começava apenas a cansar-se do solilóquio.
Desde aí, sigo com horrível fascínio o processo de desumanização cujo trabalho inexorável sinto em mim.
Sei agora que todos os homens trazem em si uma frágil e complexa montagem de hábitos, respostas, reflexos, mecanismos, preocupações, sonhos e implicações, que se formou, e vai se transformando, no premanente contato com os seus semelhantes. Privada de seiva, esta delicada florescência definha e desfaz-se. O próximo, coluna vertebral do meu universo... "

(sexta feira ou os limbos do pacífico, Michel Tournier)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Todo Se Transforma

Tu beso se hizo calor,
(Teu beijo se fez em calor)
Luego el calor, movimiento,
(Logo o calor, em movimento,)
Luego gota de sudor
(Logo em gota de suor)
Que se hizo vapor, luego viento
(Que se fez em vapor, logo em vento)
Que en un rincón de la rioja
(Que num canto de algum riacho)
Movió el aspa de un molino
(Moveu a pá de um moinho)
Mientras se pisaba el vino
(Enquanto pisavam o vinho)
Que bebió tu boca roja.
(Que tua boca vermelha bebeu.)
Tu boca roja en la mía,
(Tua boca vermelha na minha,)
La copa que gira en mi mano,
(A taça que gira em minha mão,)
Y mientras el vino caía
(E enquanto o vinho caia)
Supe que de algún lejano
(Soube que de algum distante)
Rincón de otra galaxia,
(Canto de outra galáxia,)
El amor que me darías,
(O amor que me daria,)
Transformado, volvería
(Transformado, voltaria)
Un día a darte las gracias.
(Um dia a te dar graça.)

Cada uno da lo que recibe
(Cada um dá o que recebe)
Y luego recibe lo que da,
(E logo recebe o que dá,)
Nada es más simple,
(Nada é mais simples,)
No hay otra norma:
(Não há outra norma:)
Nada se pierde,
(Nada se perde,)
Todo se transforma.
(Tudo se transforma.)

El vino que pagué yo,
(O vinho que eu paguei,)
Con aquel euro italiano
(Com aquele euro italiano)
Que había estado en un vagón
(Que havia estado em um vagão)
Antes de estar en mi mano,
(Antes de estar na minha mão,)
Y antes de eso en torino,
(E antes disso em Torino,)
Y antes de torino, en prato,
(E antes de Torino, em Prato,)
Donde hicieron mi zapato
(Onde fizeram meu sapato)
Sobre el que caería el vino.
(Sobre o qual cairia o vinho.)
Zapato que en unas horas
(Sapato que em umas horas)
Buscaré bajo tu cama
(Buscarei debaixo de tua cama)
Con las luces de la aurora,
(Com as luzes da aurora,)
Junto a tus sandalias planas
(Junto a tuas sandálias baixas)
Que compraste aquella vez
(Que compraste aquela vez)
En salvador de bahía,
(Em Salvador na Bahia,)
Donde a otro diste el amor
(Onde a outro deste o amor)
Que hoy yo te devolvería.
(Que hoje eu lhe devolveria.)

Cada uno da lo que recibe
Y luego recibe lo que da,
Nada es más simple,
No hay otra norma:
Nada se pierde,
Todo se transforma.

(Jorge Drexler)

segunda-feira, 9 de março de 2009

O outro

"Outrem é para nós um poderoso fator de distração, não apenas porque nos perturba constantemente e nos arranca ao pensamento atual, mais ainda porque a simples possibilidade do seu aparecimento lança um vago luar sobre um universo de objetos situados à margem da nossa atenção mas capaz a todo o momento de se lhe tornar o centro"...
"Em suma, outrem assegura as margens e transições do mundo. Ele é a doçura das contiguidades e semelhanças... Quando nos queixamos da maldade de outrem, esquecemos esta outra maldade mais temível ainda, aquela que teriam as coisas se não houvesse outrem. Ele relativiza o não sabido, o não percebido; pois outrem para mim introduz o signo do não percebido no que eu percebo, determinando-me a aprender o que não percebo como perceptível para outrem. Em todos estes sentidos é sempre por outrem que passa meu desejo e que meu desejo recebe um objeto".


(Gilles Deleuze, Michel Tournier e o Mundo sem Outrem)


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A força de uma idéia

""Ideias não faltam, evidentemente, circulam pelo mundo ideias de toda a espécie. Mas que ideias são essas? Como enriquecer, como satisfazer as suas ambições, como dominar os outros, como se divertir… E os humanos galopam atrás dessas ideias sem se questionar até onde elas acabarão por levá-los. Eles não sabemque uma ideia é uma força mágica que determina, orienta e organiza todas as partículas do nosso ser. Todo o nosso ser físico e psíquico tende a ser conforme às ideias que nós temos. Uma ideia apresenta-se sempre como um centro, como um cume, e de lá ela domina, dá ordens.Então, atenção! Antes de adoptardes uma ideia, estudai-a bem, pois ela é uma entidade viva que vos preparais para introduzir em vós, e, uma vez que ela se tenha instalado, sois obrigados a agir em sintonia com ela para a satisfazer. Se não quereis ser conduzidos a impasses, procurai aceitar unicamente ideias nobres, luminosas." "

Aivanhov